segunda-feira, janeiro 4


O TURISTA BRASILEIRO EM TEMPOS DE COVID 19

Uma pesquisa da plataforma Booking.com com 20 mil viajantes em 28 países, entre eles o Brasil, mostra que, depois de meses de isolamento e incerteza, as pessoas mantêm o desejo de viajar – e querem até recuperar o tempo perdido. A maior parte (67%) dos viajantes brasileiros disse estar animada para voltar ao turismo e 64% afirmaram que desejam viajar mais no futuro para compensar o tempo perdido em 2020.

Apesar do entusiasmo, dois a cada três brasileiros dizem que não vão se sentir confortáveis para viajar até que haja uma vacina ou tratamento para o novo coronavírus. Enquanto isso não acontece, porém, muitos dão aquela pesquisada no próximo destino. Quase todos (98%) fizeram uma busca sobre viagem durante o isolamento. E quase metade (46%) disse pesquisar possíveis destinos pelo menos uma vez por semana.

A pesquisa da empresa – além do comportamento das pessoas nas buscas e reservas da plataforma de acomodações – mostra seis tendências para o turismo pós-pandemia. Veja abaixo as mudanças de destinos, prioridades e propostas dos viajantes do Brasil:

Preços menores

A crise gerada pela pandemia, que agravou a situação econômica do país, que já não vinha muito bem, aumentou a importância do preço na decisão de compra dos brasileiros. Grande parte (84%) passou a prestar mais atenção ao preço na hora de planejar uma viagem e 78% estão mais propensos a procurar promoções e descontos.

Recentemente foi divulgada pelo Ministério do Turismo pesquisa sobre o perfil do turista brasileiro, encomendada pelo à FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O estudo avaliou as viagens feitas em 2019 por 49 mil famílias brasileiras, nas 23 capitais e em mais 110 cidades do país. Portanto, trata-se de uma “fotografia” bem fiel à realidade e merece a atenção de gestores e empresários do turismo!

O número de brasileiros que viajam dentro do país cresceu 18,5% em quatro anos. Em 2019, 58,9 milhões de pessoas fizeram ao menos uma viagem doméstica. Em 2017, eram 49,7 milhões. No mesmo período, o número de viagens domésticas pulou de 161 milhões para 191 milhões. Seria essa motivação dos empresários estrangeiros e das grandes empresas de varejo para investirem na comercialização de viagens?

Sabemos muito bem que classe que puxou o crescimento foi a de consumidores que ganham até quatro salários mínimos. Mas além do crescimento das classes emergentes, o aumento da renda do brasileiro e a facilidade de acesso ao crédito são as razões desse crescimento e também explicam o aumento de 20% nas viagens internacionais nos últimos quatro anos.

Mais do que a quantidade de viagens realizadas pelos brasileiros, chama a atenção as inúmeras oportunidades de negócios no mercado turístico, que ainda podem ser exploradas. Por exemplo, a grande maioria dos entrevistados (62%) ainda se hospeda em casas de amigos e parentes. E o carro continua sendo o meio de transporte mais utilizado, em 44,1% das viagens. Porém, o uso do avião cresceu e agora representa 17% das viagens domésticas. Ônibus de linha e fretados caíram bruscamente.

Os brasileiros viajaram dentro do país principalmente por lazer (81,4%) e, em segundo lugar, a negócios (9%). Quando considerado o motivo para a principal viagem realizada, 46,8% apontaram a visita a parentes e amigos, 20,8% buscavam sol e praia e 9,7%, diversão noturna. Tanto o turismo cultural quanto o ecológico perderam participação no total das motivações.

Apenas 4% deles compraram serviços por meio de uma agência de turismo, o que reflete grande oportunidade para as empresas focadas no atendimento das classes emergentes.  A utilização de agência de viagem aumenta conforme a renda do turista, os turistas que ganham acima de 15 salários mínimos são os que mais compraram nas agências de turismo. Será que neste cálculo estão incluídas agências online?

Viajar pelo Brasil é caro, e trabalhar com preços mais razoáveis é fundamental para aumentar a competitividade do setor.

Fonte:https://agentenoturismo.com.br/


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