AZEITE DE OLIVA
Existem dois principais grupos de componentes no azeite de
oliva: os triglicerídeos, ácidos graxos, que representam entre 98,5% e 99,5% do
total de componentes; e os componentes voláteis, hidrocarbonetos, antioxidantes
e alcoóis, que são os responsáveis por nosso prazer, ou seja, pelas
características organolépticas do óleo.
O principal ácido graxo encontrado no azeite de oliva é o
ácido oleico, monoinsaturado, constituindo mais de 80% do total. Ele é
responsável pela formação das lipoproteínas de alta densidade (HDL - high
density lipoproteins), que transportam uma parte importante do colesterol dos
vasos até o fígado, para ser eliminado.
Além disso, há ácidos poliinsaturados, como o linoleico -
que pertence a série ômega-6 -, e o linolênico - pertencente à série omega-3 -,
que possuem proporção entre 5% e 10%. Eles desempenham funções essenciais no
corpo. O restante da composição dos azeites é de ácidos saturados.
CLASSIFICAÇÃO DOS AZEITES
São considerados azeites extravirgens aqueles cuja acidez é
menor do que 0,8% e que apresentaram atributos positivos suficientes em testes
sensoriais. São produtos de alta qualidade gastronômica e no dia-a-dia são
utilizados para finalização de pratos ou saladas. Industrialmente podem ser
misturados com outros tipos de azeite.
Os azeites de oliva com acidez entre 0,8% e 2% são
conhecidos como azeite de oliva virgem. Na sua comercialização podem receber o
epíteto fino. Seu principal uso é o culinário e, quando usados industrialmente,
são mesclados com outros tipos de azeite.
Os azeites com acidez maior do que 2% denominam-se azeite de
oliva virgem lampante. Destinam exclusivamente para uso industrial na mistura
com outros azeites de oliva.
Azeites que superam o grau de acidez de 2%, ou que por
problemas climáticos ou de processo apresentam defeitos sensoriais, são
destinados ao refino. O refino não modifica a estrutura química do azeite de
oliva e elimina os seus defeitos resultando em um produto com acidez não
superior a 0,3%. O azeite refinado não é vendido aos consumidores e destina-se
exclusivamente à utilização industrial, ou seja, são misturados com outros
azeites de oliva.
A mistura de azeite refinado com azeites de oliva virgens
(extra, fino ou lampante) recebe a denominação genérica azeite de oliva. O grau
de acidez final não pode superar 1%. Essa limitação modula a utilização dos
azeites virgens na produção do azeite de oliva. Ou seja, para atendê-la, os
fabricantes se obrigam a utilizar mais azeites de oliva extravirgem (ou fino)
do que o lampante na elaboração do azeite de oliva. A principal utilização do
azeite de oliva é culinária.
By Silvio dos Santos
By Silvio dos Santos