BACO
Baco, deus romano do vinho e das festas, mitologia romana,
religião de Roma Antiga. Na mitologia romana, Baco era o deus do vinho, das
festas, do lazer, do prazer e da folia. Filho do deus Júpiter (deus do dia) com
a mortal Sêmele, Baco era considerado pelos romanos como um amante da paz e
promotor da civilização.
Outra vertente da história do deus grego do vinho dá conta
de que seu nome original, na verdade, era Zagreu e ele teria sido filho de Zeus
com Perséfone, antes de ela ser sequestrada por Hades, o senhor dos infernos
(lenda que ficaria famosa como o “rapto de Perséfone”). No entanto, as lendas
convergem quando dizem como Dionísio encontrou a vinha.
A narrativa diz que, um dia, andando pela relva, ele
encontrou uma pequenina planta verde, achou-a bonita e frágil, portanto,
decidiu guardá-la dentro de um osso de pássaro para protegê-la. Como ela logo
cresceu, decidiu transplantá-la para um osso de leão. Vendo que ela já não mais
cabia nesse invólucro, colocou-a, por fim, dentro de um osso de burro. Ao notar
seus frutos, provou-os. Depois de saboreá-los, quis guardar alguns para comer
pouco a pouco. O vinho teria se formado do sumo dos grãos guardados.
Interessante notar que essa sucessão de “recipientes” da
vinha representam, segundo a mitologia, as diferentes fases do consumo do
vinho. Ou seja, primeiramente, sente-se a alegria, como é alegre o voo das
aves. Depois, a bebida dá-nos força e coragem, como um leão. Por fim, leva-nos
ao comportamento banal, como dos burros.
Lendas de outras culturas
Para os persas, o vinho foi descoberto pelo grande rei
Yamshid. Acredita-se que ele adorava uvas e, para lhe agradar, as mulheres de
seu harém lhe ofereciam muitos cachos. Como não conseguia consumir todos
frescos, mandou guardá-los em uma ânfora para desfrutar aos poucos. Os grãos,
no entanto, romperam-se e acumularam líquido no fundo do recipiente, que
fermentou. Sentindo o cheiro estranho, o rei ordenou que o frasco fosse jogado
fora, advertindo quem bebesse de que era veneno. Uma de suas concubinas, que
havia sido banida de sua convivência, pensou em se matar e decidiu provar o
líquido proibido no intuito de se suicidar. Logo, percebeu que, em vez de
causar algum mal, a bebida lhe deu prazer, especialmente quando ela acariciava
seu próprio corpo, tornando-a voluptuosa e desinibida. Ela, então, decidiu ir
aos aposentos do rei e se oferecer para ele. Satisfeito com a noite de prazer,
mas intrigado, Yamshid foi averiguar e percebeu que o comportamento lascivo da
moça era resultado da bebida. Pediu então uma taça e retomou seu momento de
prazer. A partir daí, criou uma adega em seu palácio.
Original:
http://revistaadega.uol.com.br/artigo/os-deuses-do-vinhos
By Silvio dos Santos